Sobre o autor Sobre o autor
Pé de Buceta Buceta Monstro Casa das Bucetas Inferno de Bucetas: Paraíso
A doce arte de Nana Caribenha
Mesmo em noite quente há coisas piores que cerveja choca
Mergulhando no ar
Deep into the Air
Blog Spectro Editora
Bukowski - Vida Desalmada
Próximo capítulo

Capítulo anterior

7


- Tá vendo? Eu não disse. Olha só aqui.

- O que mulher?

- Esse teu filho que tu vive mimando. Tava arrumando os caderninhos de escola dele e olha só o que eu encontrei. Uma indecência. Vê se isso é coisa que criança ande pensando...

- Ele só tem dez anos, deve ter sido um amiguinho dele que deu isso pra ele.

- Não interessa, é imundo e doentio. Alguém pra escrever um poema desses tem que ter uma mente doente, isso é coisa de gente louca.

- Ah, Marta, cê tá exagerando...

- Não vem com essa de ah, marta! Cê vai me prometer que quando ele chegar da rua cê vai ter uma conversa séria com ele.

- Tá bom, tá bom...

- Eu tô falando sério!

- Eu sei! Eu já disso que falo com ele porra! Agora sai daqui e me deixa eu terminar minha cerveja.

- Hmf... não diz que não avisei.

Malditos homens. Uns imprestáveis, isso é que são. Minha avó sempre dizia, homem não serve pra nada, só pra trazer dinheiro e pra guerrear. Homem dentro de casa, então, cruzes, esse só serve pra incomodar, só bebe e dá trabalho o dia inteiro. Bem que o presidente falou, aposentado é tudo vagabundo, tem mais é que baixar o cacete.

   
  Topo da página