O conjunto de fotos da mostra "Marcas do Passado", de Leonardo Fabrício Romão, faz parte de seu trabalho de conclusão do curso de Bacharelado em Artes Plásticas da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina - Florianópolis), apresentado em novembro de 1999.

Abordando imagens já conhecidas e estudadas pela arqueologia, vestígios de antigas civilizações, as oficinas líticas e as sinalizações rupestres, buscou uma possibilidade de pesquisa artística por meio da fotografia, fazendo daquelas marcas objetos de estudo estético.

Para coletar seu material, o fotógrafo teve que empreender inúmeras 'viagens'. Esteve na Ilha do Coral, na Ilha do Campeche, na reserva arqueológica da Galheta, na Praia dos Ingleses e Moçambique. Viagens pelo mar, por praias, trilhas, caminhos de pedra, em busca das marcas, da imagem do passado, das marcas do desconhecido, que seriam registradas por sua máquina, em preto-e-branco, como imagens de um sonho. O homem buscando em seu passado.

"Os fragmentos de uma passado distante, resgatados através da imagem, abrem a possibilidade de um relacionamento com tais culturas que ainda não fora estudada: as imagens como simbologias míticas de expressão."

"As imagens não representam só o vestígio, mas a ausência do corpo, a não existência do autor."

"No meio do caminho tinha uma pedra." Drummond